domingo, 31 de maio de 2009

Reunião da Câmara Setorial de Patrimônio Histórico

Realizou-se às 16:00 horas de sábado, 30 de maio de 2009, na Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis. Tendo como presentes os arquitetos urbanistas Alix, Fernando Miguel e Ana Nascimento, a restauradora Ana Eugênia e o assistente de manutenção e conservação do patrimônio histórico e artístico da Cultuar Jefferson Affonso Soares.

No decorrer dos debates foram selecionados alguns assuntos emergências a passar para as fundações de Cultura e Turismo de modo a orientar tecnicamente as ações voltadas para o Patrimônio Histórico e Artístico de Angra dos Reis.

1- Solicitar resposta da Prefeitura à Chamada Pública para elaboração de Planos de Ação para as "Cidades Históricas".

“O Plano de Ação é um instrumento de gestão voltado para o Centro Histórico do município, considerando sua relação com o conjunto da cidade e da região, na perspectiva da promoção do desenvolvimento local.

Tem como objetivo definir diretrizes, metas e estratégias para uma ação integrada do poder público, devendo ser norteador dos investimentos no município por parte das três esferas de governo. O Plano de Ação será instrumento de priorização de investimentos para as Cidades Históricas pelo Iphan, pelos Governos Estaduais e Municipais signatários.

O Iphan, por meio desta chamada pública, convida os municípios e governos estaduais a firmar um Termo de Compromisso para a elaboração conjunta do Plano de Ação para a Cidade Histórica. O Iphan disponibilizará apoio técnico e operacional aos municípios interessados em participar desta chamada para a elaboração do respectivo plano.
Para participar, interessados deverão se manifestar junto a Superintendência do Iphan em seu Estado, assinar o Termo de Compromisso, e preencher a Ficha Consulta disponível no site do Iphan.

A data limite para entrega dos documentos é dia 22/06/2009.”

(texto retirado do site do Iphan)

2- A Igreja da Lapa, mesmo após reforma finalizada no início deste ano, continua apresentando problemas de infiltração. Fomos informados que não foi apresentado para o Iphan um caderno com mapeamento de danos, etapa obrigatória antes de intervir numa edificação tombada. Solicitamos informações sobre a obra da Igreja da Lapa, acesso ao projeto de restauração, memorial descritivo, cadernos de especificações, mapeamento de danos e qualquer outro material relativo à obra para que possa ser analisado com o objetivo de apontarmos uma nova via para a resolução dos problemas arquitetônicos da igreja e possibilitar a reabertura do Museu de Arte Sacra.

3- É necessário reabrir as discussões sobre o projeto da arqueóloga e restauradora Simone Mesquita na lei municipal de incentivo a Cultura, para inventariação, tratamento e acondicionamento do acervo do Museu de Arte Sacra. Consta que as discussões pararam após a banca questionar a especificação de Arquivos Deslizantes, mobiliário com valor bem acima dos arquivos convencionais, porém o sistema proporciona grande aproveitamento do espaço (que é insuficiente) além de ter qualidade superior e características mais apropriadas para o acondicionamento do acervo histórico de Angra.


4- A importância da prefeitura em fomentar a elaboração de projetos relacionados ao Patrimônio Histórico e Artístico a fim de inserir no conjunto de projetos que serão patrocinados pela Eletronuclear como contrapartida pela construção de Angra 3.


5- Proposta da realização da digitalização das informações relacionadas aos bens culturais do município, a ser executada por técnicos designados da Cultuar com a orientação dos integrantes desta Setorial. Este serviço é de suma importância para a preservação e divulgação de importantes informações históricas e segmentos de inventários que servirão de base para a produção do inventário completo dos Bens Culturais de Angra dos Reis.

3 comentários:

  1. Foi um prazer participar da reunião da Câmara Setorial de Patrimônio Histórico. Sempre estarei a disposição contribuindo para que o nosso Acervo Patrimonial, que representa 507 Anos de História, não somente de nossa cidade, mas do Brasil e que temos o dever como cidadãos conscientes e informados de preservá-lo para que as futuras gerações tenham conhecimento de sua grandiosidade.Um abraço, Ana Eugênia

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  2. O maior problema de Angra é que todo trabalho só é feito quando existe um bem financeiro. Patrimônio, Cultura, Preservação, não trazem aos governantes um retorno tão direto e rápido quanto os outros interesses da cidade. Paraty prospera na parte de Patrimônio pois não tinham Brasfells, Furnas, Petrobrás, e outras empresas de grande porte para sustentar a máquina, e teve que se dedicar ao que podia fazer da cidade um lugar próspero e acertadamente apostou em cultura e desenvolvimento turistico, cuidando e zelando pelo seu patrimonio. Pena que Angra pense com o bolso e não com a cabeça e o coração.

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  3. Nana, não esqueça que Paraty tem um escritório técnico do Iphan dentro do Centro Histórico que é muito atuante. Angra dos Reis antes de ter seu centro histórico desconfigurado possuía casarões abandonados e insalubres. Esses grandes empreendimentos que vc citou aceleraram desenvolvimento econômico e a cidade teve que, do seu jeito, se modernizar. Paraty ficou quase congelada até a abertura da Rio-Santos. O próprio centro histórico de Paraty é composto por aproximadamente apenas 60% de casas originais, o resto foi construído nas últimas décadas imitando o estilo colonial graças a um controle do Iphan. A história de Angra é outra, outro destino, hoje temos é que preservar o que nos restou, o que guarda valor histórico e arquitetônico.

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